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Foto: Yuri A / Shutterstock.com

A ascensão acelerada da inteligência artificial está provocando uma reconfiguração profunda no mercado de tecnologia. Com a criação de novas funções ligadas à IA, cresce também a confusão em torno da nomenclatura dos cargos, suas responsabilidades e o real escopo de atuação desses profissionais.

De acordo com Karin Kimbrough, economista-chefe global do LinkedIn, um mesmo cargo relacionado à IA pode aparecer com até 40 nomes distintos, dificultando o entendimento por parte dos candidatos e dos recrutadores. Esse cenário revela um setor ainda em fase de experimentação, onde empresas buscam, muitas vezes por tentativa e erro, definir com precisão os papéis e as competências exigidas para cada função.

Algumas companhias optam por incorporar atribuições de IA a cargos já consolidados, como engenheiro de software ou cientista de dados. Outras preferem adotar nomenclaturas inspiradas em grandes players do setor, como Google ou Microsoft, com o objetivo de atrair talentos e demonstrar alinhamento com as tendências mais atuais da indústria.

A mudança é visível nos dados: segundo o Indeed, cargos como engenheiro de IA ou aprendizado de máquina, praticamente inexistentes até 2019, já representam 0,3% de todas as vagas de tecnologia na plataforma em 2025. Além disso, estima-se que 20% dos profissionais que trocaram de emprego nos Estados Unidos no último ano passaram a ocupar funções que sequer existiam no início dos anos 2000.

Esse novo panorama exige das empresas mais clareza na definição de cargos e dos profissionais, uma postura proativa de atualização constante. Em meio à transformação impulsionada pela IA, adaptar-se deixou de ser uma escolha e passou a ser uma condição essencial para prosperar no setor de tecnologia.

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