O Itaú Unibanco marcou presença na COP30, a Conferência do Clima das Nações Unidas, com a iniciativa C.A.S.E. (Climate Action Solutions & Engagement), ao lado de outras grandes empresas como Bradesco, Itaúsa, Marcopolo, Natura, Nestlé e Vale. Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú, destacou que a Conferência serve como uma plataforma estratégica para aumentar a visibilidade das discussões sobre a transição climática, um tema central para o banco.
Em 2024, o Itaú reforçou seu compromisso ambicioso de alcançar a marca de R$ 1 trilhão em finanças sustentáveis até 2030. Esta meta é parte essencial da estratégia de ESG da instituição, que se apoia em três pilares: diversidade e desenvolvimento, transição climática e finanças sustentáveis. O banco busca atuar como parceiro de seus clientes nesse processo, traduzindo sua estratégia ESG em produtos, serviços, compromissos públicos e investimentos.
Fortalecimento da Marca e Transparência na Comunicação
A participação do Itaú na COP30 reflete seu compromisso genuíno com um futuro sustentável. Luciana Nicola enfatiza que a divulgação das ações e o estabelecimento de conexões com diversos agentes dos setores público e privado, bem como organizações sociais, são cruciais para o avanço das discussões e reforçam a imagem do Itaú como um banco comprometido com a sustentabilidade no país.
No que tange ao marketing, uma agenda ESG integrada à estratégia de negócios permite uma comunicação responsável, transparente e baseada em evidências. O banco se empenha em mostrar como o ESG se manifesta concretamente em seus serviços e parcerias. Um exemplo de como essa diretriz é comunicada é a campanha institucional “Todos a Bordo”, que usou uma série de quatro episódios para abordar temas climáticos como transição energética e agricultura regenerativa, acompanhando a expedição da navegadora Tamara Klink.
O Papel da Articulação Multissetorial
Para Luciana Nicola, a articulação coordenada entre o setor privado, a sociedade civil e o terceiro setor é fundamental para avançar nas pautas debatidas na COP30. Fóruns multissetoriais e espaços de construção coletiva são decisivos nesse cenário. O Itaú busca uma posição integrada com seus pares na indústria financeira, participando ativamente de grupos de trabalho e conselhos intersetoriais.
A C.A.S.E. é uma das principais ações do banco neste sentido, reunindo empresas com o objetivo de apresentar soluções climáticas concretas e escaláveis já implementadas. A iniciativa visa posicionar o setor privado como um agente ativo na construção de uma economia mais inclusiva e competitiva, por meio da troca de experiências e do engajamento.
ESG, Lucro e Crescimento Sustentável
A agenda ESG, embora exija uma visão de longo prazo, também gera valor concreto. Nicola explica que a chave para associar o ESG ao lucro e ao crescimento sustentável está na integração de métricas claras e processos estruturados à tomada de decisão. Isso permite identificar riscos, antecipar tendências e direcionar recursos para negócios com maior potencial de retorno.
O Itaú integra critérios ESG em suas análises de crédito, investimentos e produtos, fortalecendo modelos que avaliam riscos ambientais e sociais e os transformam em oportunidades. O equilíbrio entre mensuração e retorno se estabelece quando se demonstra, por meio de dados e resultados, que práticas sustentáveis aumentam a competitividade, reduzem ineficiências e fortalecem as relações com stakeholders, tornando evidente o vínculo entre sustentabilidade, lucratividade e crescimento de longo prazo.
A Responsabilidade do Setor Financeiro
O setor financeiro, que atua como financiador e articulador de oportunidades na economia, possui uma responsabilidade ética, econômica e estratégica na luta contra as mudanças climáticas. Bancos, fundos e investidores mobilizam recursos essenciais para a transição para uma economia de baixo carbono e mais inclusiva.
No papel de banco, o Itaú adota padrões de avaliação de riscos e oportunidades centrados em temas ESG, oferecendo produtos e soluções que respondem aos desafios dessa agenda e direcionando fluxos financeiros de crédito e investimento para o fortalecimento da economia sustentável.
Planos Pós-COP30
Para o período seguinte à COP30, o Itaú já planeja um evento de download, previsto para dezembro, focado em clientes e parceiros. O objetivo é compartilhar os principais debates, tendências e encaminhamentos da conferência, traduzindo os temas globais para a realidade dos setores de atuação do banco.
A iniciativa visa reverberar o que foi construído na COP de forma clara, apoiando as decisões dos clientes e reforçando o papel do Itaú como parceiro na transição para uma economia de baixo carbono.